ABSAE destaca-se no Portal Eixos com análises sobre leilão de baterias, remuneração e desafios do setor. Saiba mais!

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A Associação Brasileira de Sistemas de Armazenamento (Absae) ganhou destaque no Portal Eixos, nesta sexta-feira (07/03), ao abordar os principais temas relacionados ao primeiro Leilão de Reserva de Capacidade no Brasil (LRCAP). Especialistas, incluindo o presidente da Absae, Markus Vlasits, destacam que a remuneração, a capacidade contratada e a atratividade serão fatores cruciais para o sucesso do leilão. Vlasits defende que a contratação de pelo menos 2 GW de capacidade seria ideal para impulsionar a tecnologia no país, trazendo impactos positivos ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e incentivando a produção local.

Outro ponto abordado pela ABSAE são as incógnitas em torno da remuneração e das localidades dos projetos. Ainda não há definição clara sobre a classificação dos ativos, que podem ser enquadrados como geração ou unidades consumidoras, impactando os arranjos tarifários. Além disso, a escolha das regiões para instalação das baterias influenciará a rentabilidade, com o Sudeste podendo levar vantagem devido aos custos menores de Tarifas de Uso dos Sistemas de Transmissão (TUST). A entidade sugere ao Ministério de Minas e Energia (MME) que a contratação seja dividida em dois produtos, considerando as diferentes funções que as baterias podem desempenhar no sistema elétrico.

Por fim, a ABSAE alerta que, embora as baterias sejam essenciais para armazenar energia intermitente, o primeiro leilão pode não ser suficiente para resolver o problema dos cortes de geração renovável (curtailment). Vlasits ressalta que as baterias ajudarão a reduzir o déficit de potência no início da noite, diminuindo a necessidade de acionamento de termelétricas. No entanto, ele critica o aumento da capacidade contratada de termelétricas a gás, defendendo que o parque térmico deve ser reduzido ao longo do tempo, mantendo-se apenas como uma "apólice de seguro" para situações críticas.